Lupita Amondi Nyong'o é uma atriz mexicana com naturalidade queniana, . É a primeira de seu país a ser indicada e a vencer um Óscar de melhor atriz secundária (coadjuvante), no filme 12 Anos de Escravidão, além de primeira a vencer o prêmio SAG de melhor atriz secundária em cinema.
Durante a cerimônia de entrega do Oscar, Lupita Nyong'o emocionou o público ao dizer que aquela grande felicidade sentida por ela era, lamentavelmente, consequência de um enorme sofrimento - referindo-se à trajetória de sua personagem em 12 Anos de Escravidão. E terminou aconselhando que outras também acreditem em seus sonhos, como ela própria fez.
Antes de completar um ano, a família voltou para o Quênia, país de origem de onde haviam saído menos de três anos antes do nascimento da segunda dos seis filhos do casal. O retorno ocorreu para que o pai assumisse a função de professor na Universidade de Nairóbi. O nome diferente também tem uma origem curiosa. Lupita é uma carinhosa referência à padroeira do México, Nossa Senhora de Guadalupe.
Em entrevistas, Lupita já contou que sua infância na África foi o primeiro contato com a arte de atuar. Na escola e em família, era a primeira a escolher os personagens e representar para colegas e parentes. Quando completou 16 anos, seus pais a mandaram de volta ao México, para fazer intercâmbio e aprender espanhol - idioma no qual é fluente, junto com inglês, swahili e luo, línguas faladas pelas etnias africanas.
Para levar adiante seu sonho de atuar, estudou cinema na Yale School of Drama, na universidade americada de Yale. Fez figuração, trabalhou atrás das câmeras e estrelou um curta. Sob sua direção foi lançado, em 2009, o documentário In My Genes (Em Meus Genes, em livre tradução), sobre as pessoas albinas no Quênia. Ela foi transitando entre um trabalho e outro até que apareceu o teste para 12 Anos de Escravidão. E a vida nunca mais seria a mesma para Lupita.
Cena do Filme "12 Anos de Escravidão" |
As misérias vividas pela personagem no filme contrastam com a imagem que, desde a primeira aparição, Lupita imprimiu no showbizz. Sempre bem vestida e elegante, com corpo atlético e absolutamente nada fora do lugar, ela é a nova sensação dos fashionistas. Sua maquiagem, seus acessórios e, claro, os vestidos que desfila nos tapetes vermelhos, não deixam dúvida de que ela tem estilo e sabe o que está fazendo. Já esteve nos sofás dos principais talkshows dos Estados Unidos, como Oprah Winfrey, Queen Latifah e Ellen DeGeneres, assim como nas capas de revistas como New York e Vanity Fair. Além de prêmios como o do Sindicato dos Atores, Globo de Ouro e Critic's Choice, ela também ganhou os olhares, a atenção e o coração do mundo.
Hoje Lupita esbanja confiança diante das câmeras e nos tapetes vermelhos. Mas nem sempre foi assim.
— Me lembro de um tempo em que não me sentia bonita. Eu ligava a tevê e só via mulheres brancas. Eu era motivo de chacota pela minha pele negra. Mas tudo mudou quando Alek Wek apareceu. Modelo famosa, ela era negra como a noite, estava em todas as revistas e passarelas. Todos comentavam como ela era linda — revelou.
Segundo Lupita, a quebra de paradigma sobre o belo lhe deu forças para perseguir os sonhos e finalmente se ver como uma mulher bonita:
— Um dia, Oprah Winfrey disse que Alek era linda. Eu não conseguia acreditar que as pessoas aceitavam uma mulher que se parecia tanto comigo como um modelo de beleza.
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Post por Karol Almeida
Fonte: Zero Hora
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